Tuesday, March 22, 2016

A Cor do Som II


A Cor do Som é um grupo brasileiro que se criou a partir do séquito dos músicos que acompanhavam Moraes Moreira após a sua saída dos Novos Baianos. Originalmente esse era o nome da banda instrumental que acompanhava os Novos Baianos, título sugerido por Caetano Veloso. A banda surgiu em meados de 1977, formada por músicos experientes no cenário nacional. Experimentando novos padrões de som, valeu-se das vivências anteriores com Moraes Moreira, Pepeu Gomes, entre outros, sendo considerado um movimento pós-tropicalista. Em seu primeiro disco homônimo (WEA 1977), tinha como integrantes Dadi Carvalho (ex-Novos baianos e Jorge Ben) no baixo, seu irmão Mú Carvalho (ex-A Banda do Zé Pretinho) nos teclados, Gustavo Schroeter (ex-A Bolha) na bateria e Armandinho Macêdo (Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar) na guitarra, bandolim e guitarra baiana. A partir do segundo disco "Ao Vivo Em Montreux", o percussionista (e colega de Armandinho na sua outra banda) Ary Dias passa a fazer parte do grupo.


Misturando rock, ritmos regionais e música clássica, foram convidados por Claude Nobs a participar do Montreux Jazz Festival, na Suíça, tornando-se o primeiro grupo musical brasileiro a participar do evento. A apresentação contou com material quase todo inédito e rendeu um disco ao vivo. A partir do terceiro trabalho, "Frutificar", passam a executar músicas cantadas a pedido da gravadora, o que os eleva a novos níveis de popularidade. Após o disco "Mudança de estação, de 1981, Armandinho deixa o grupo para seguir com seu projeto anterior e alçar novos rumos em carreira solo. É então substituido por Victor Biglione, que grava "Magia Tropical", de 1982 e "As Quatro Fases do Amor", de 1983. Em 1984 lançam novamente um disco todo instrumental, intitulado "Intuição", já sem Victor Biglione mas com participações de Egberto Gismonti, Tulio Mourão e Perinho Santana. No ano seguinte, com Perinho nas guitarras, lançam "Som da Cor". Em 1987, nova mudança. Saem Perinho Santana e Gustavo Schroeter e entram Jorginho Gomes (ex-Novos Baianos) na bateria e Didi (também experiente, tendo tocado com seu irmão Pepeu Gomes e outros) no baixo, levando Dadi a assumir as guitarras. Em 1996, o grupo reune-se com a formação original para gravar o disco "A Cor do Som Ao Vivo no Circo", registrado no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Recebem naquele ano o prêmio Sharp de melhor grupo instrumental.


Em 2005, com a formação original, o grupo apresentou-se no Canecão, no Rio de Janeiro. O show contou com a participação especial de Caetano Veloso, Daniela Mercury, Moraes Moreira, Davi Moraes e o Coral dos Canarinhos de Petrópolis, além dos músicos Nicolas Krassic (violinno), Nivaldo Ornelas (sax soprano), Marcos Nimrichter (acordeom e teclados), Jorge Helder (baixo acústico, violão e baixolão), Jorginho Gomes (bateria e percussão), Marco Túlio (flauta), Francisco Gonçalves (oboé), Bernardo Bessler (violino), Marie Cristine (viola) e Marcio Mallard (cello). O espetáculo gerou o CD e DVD "A Cor do Som Acústico", lançado no mesmo ano com produção musical de Sérgio de Carvalho. Em 2006, são contemplado com o prêmio Tim de Melhor Grupo, na categoria Canção Popular, por este disco. A banda segue fazendo apresentações esporádicas.















3 comments:

  1. Ah, rapá! Época boa essa, hein? Show d'A Cor do Som era certo de encontrar várias gatinhas (as "cocotas", lembra?), uma delícia combinar música boa com um ambiente florido.
    A capa do Furtificar... Até hoje não sei se é puro cinismo ou sei lá o quê, mas, pense bem, (passando reto e direto pelo politicamente correto vigente...) "frutificar" pode querer dizer "se abichalhar" (virar "fruta"), digamos assim (rsrsrs); os rapazes com essa maquiagem e roupinhas... rsrsrsrs E a galera ali pegava todas ou então eram cheios de filhos, essas coisas. rsrsrs
    De qualquer maneira, Frutificar, a música e o álbum, são excelentes, mas os outros dois postados são ainda melhores.
    Por um acaso você não tem os outros? Os com o Biglione são difíceis de achar por aí.
    Valeu, meu camarada, aquele abraço!

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    1. Fala Maddy Lee... Grande presença aqui no Valvulado.
      A primeira vez que ouvi A Cor do Som, confesso que não gostei... Ouvi "Sim, é como a flor..." e achei meio brega na época, mas minha namorava gostava e acabei indo a um show onde vi estas caras detonando. Depois conhecendo a hostória, vi que era uma grande banda. Este disco de Montreux é uma jóia!
      Os anos 80 foram muito estranhos e este look andrógino meio "louca" era moda nos artistas da época (acho).
      Resolvi repostar estes álbuns pois os consegui em 320.
      tenho todos (acho) mas estão em 128 - 192.
      Estou viajando, por isso as respostas estão meio lerdas, mas assim que voltar, os envio a vc!

      Um grande abraço

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  2. Fala Alvaro. Um grande abraço e obrigado por nos acompanhar!

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